quarta-feira, 25 de novembro de 2009





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segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Enigmas da Engenharia

A pirâmide de Quéops, na planície de Gizé, próximo do Cairo, no Egito, é diariamente admirada por milhares de turistas.

“Para os povos primitivos, construir esses monumentos foi, de algum modo, refazer com as mãos aquilo que a natureza tinha feito e, em seguida, adaptá-los às exigências de representação das religiões e muitos”, diz Alberto Arecchi.

Segundo o arquiteto Francês Jean-Pierre Houdin, a pirâmide de Quéops foi construída graças a uma rampa interna, que permitia que os operários trabalhassem em segurança e a uma temperatura suportável. A Grande Galeria (um túnel sem enfeites, mas com ranhuras singulares na parede) foi necessário para a construção da Câmara do Rei, no centro da pirâmide, servindo como base para a elevação de blocos de granito de 60 toneladas.

Mas se esse foi o método empregado na construção da pirâmides, de onde vieram os blocos de pedra? Segundo o egiptólogo francês Josefh Davidovitis, um engenheiro especializado Np estudo dos minerais do solo, o material usado para a fabricação dos blocos poderia ser uma espécie do “concreto”, obtido pelos os egípcios a partir de uma mistura de argamassa calcaria, conchas e sódio (carbono de sódio, que era também utilizado no processo de mumificação). Eles eram moldados dentro de uma “caixa” de madeira e teriam sido feitos no próprio local da construção da pirâmide. Em seguida, os grandes blocos eram içados por um complicado sistema de guinchos.

No antigo Egito se venerava duas divindades opostas: Khnum e Amon. Segundo Arecchi , o primeiro era o deus da “pedra aglomerada”, enquanto o segundo era deus da “pedra esculpida”. Khnum era reverenciado por Quéops, que apoiava sua casta sacerdotal: a mesma casta que, cerca de 1.300 anos depois, praticamente foi substituída pelos sacerdotes do deus Amon, em consideração ao faraó Tutankhamon. “E, de fato, para ele não foi construída uma pirâmide, mas uma tumba esculpida em pedra no coração do Vale dos Reis, bastante diferente daquelas erguida em torno de 2700 a.C. pelo arquiteto egípcio Imhotep, considerado o ‘inventor’ das pirâmides” .
“No Egito dos últimos faraós e na Alexandria quase só se falava grego. O que o egípcios chamavam ‘a matéria do corpo de deus’, significando pedra, foi traduzida pela expressão krysòs, cujo significado é ouro.Então, quando os conhecimentos sobre a construção do ‘corpo de deus’ começaram a ser transmitidos, os alquimistas acreditavam estar fazendo ouro, mas na realidade estavam produzindo concreto”.

Uma teoria que pode ser comprovada pela grande quantidade de vasos encontrados nam tumbas egípcias do primeiro período.

A evolução das pirâmides

A mais antiga pirâmide em degraus do Egito, em Saqqara, foi concluída em 2620 a.C. pelo faraó Djoser, da terceira dinastia egípcia. Ela tinha quatro níveis e uma câmara mortuária subterrânea.

Em Dahshur, mais acima do Nilo a partir de Saqqara, fica a pirâmide de faraó Sneferu, da quarta dinastia. Sua forma inclinada se deve a uma mudança de curso dos trabalhos, pois os projetistas escolheram uma fundação fraca e a pirâmide começou a se inclinar quando já estava praticamente pronta. Para concluí-la e torná-la mais estável, os construtores reduziram o ângulo da parte superior e hoje ela é conhecida como a Pirâmide Inclinada (2565 a.C.). Insatisfeito com o resultado, Sneferu ordenou a construção de outra pirâmide em Dahshur. Os projetistas escolheram uma fundação melhor e fizeram essa pirâmide com a mesma altura da anterior, mas com uma base mais larga e um ângulo mais raso. A Pirâmide Vermelha foi concluída em 2560 a.C.

O arquiteto da Pirâmide de Djoser. Imhotep, foi divinizado pelos seus méritos como construtor .

QUEM SÃO ELES?

As maiores pirâmides egípcias são as dos faraós Quéops, Quéfren e Miquerinos, em Gizé.

QUÉOPS: Reinou por volta de 2551 a.C. a 2528 a.C. e foi considerado uma faraó cruel e impiedoso. É responsável pela construção da maior pirâmide de Gizé

QUÉFREN: Construiu a segunda maior pirâmide de Gizé, a Pirâmide de Quéfren, a Esfínge de Gizé e um templo, que é o único exemplo de templo renascente do período.

MIQUERINOS: Reinou pouco tempo, por esse motivo não pôde concluir sua pirâmide. A Pirâmide de Miquerinos é a menor em tamanho e a terceira entre as mais famosas pirâmides do mundo antigo. Com a sua morte, a pirâmide foi terminada às pressas, e foi usado material de qualidade inferior.

Arte Egípcia

A arte Egípcia surgiu a mais de 3000 anos A.C., mas é entre 1560 e 1309 A.C. que a pintura Egípcia se destaca em procurar refletir os movimentos dos corpos e por apresentar preocupação com a delicadeza das formas.
Os egípcios ao esculpir e pintar tinham o propósito de relatar os acontecimentos de sua época, as histórias dos Faraós, deuses e do seu povo em menor escala, já que as pessoas não podiam ser representadas ao lado de deuses e nem dentro de templos. Provavelmente eles não tiveram a intenção de nos deixar a "arte" de seus criadores.
A natureza do país — desenvolvido em torno do Nilo, que o banha e fertiliza, em quase total isolamento de influências culturais exteriores — produziu um estilo artístico que mal sofreu mudanças ao longo de seus mais de 3.000 anos de história. Todas as manifestações artísticas estiveram, basicamente, a serviço do estado, da religião e do faraó, consideradas como um deus sobre a terra. Desde os primeiros tempos, a crença numa vida depois da morte ditou a norma de enterrar os corpos com seus melhores pertences, para assegurar seu trânsito na eternidade.
A escultura caracterizava-se pelo estilo hierático, a rigidez, as formas cúbicas e a frontalidade. Primeiro, talhava-se um bloco de pedra de forma retangular; depois, desenhava-se na frente e nas laterais da pedra a figura ou objeto a ser representado.
A escultura em relevo servia a dois propósitos fundamentais: glorificar o faraó (feita nos muros dos templos) e preparar o espírito em seu caminho até a eternidade (feita nas tumbas).
Na cerâmica, as peças ricamente decoradas do período pré-dinástico foram substituídas por belas peças não decoradas, de superfície polida e com uma grande variedade de formas e modelos, destinadas a servir de objetos de uso cotidiano. Já as jóias eram feitas em ouro e pedras semipreciosas, incorporando formas e desenhos, de animais e de vegetais.

Rio Nilo

O Nilo tem a extensão de 6.695Km (5.600Km desde o lago Vitória), sua bacia é de 3.000.000Km2. No Egito as cheias do Nilo acontecem entre junho e novembro, chegando ao máximo em setembro. O rio carrega altas quantidades de Aluvião, que abandona por ocasião das vazantes e que fertilizam o leito maior. Suas águas são utilizadas para irrigação desde a antigüidade e seu curso inferior se apresenta como um longo oásis que corta o deserto.
"Dádiva do Nilo", segundo a expressão de Heródoto, historiador grego do século V a.c., o Egito Antigo era, na realidade, um extenso oásis com mais de 1.000 quilômetros de comprimento por 10 a 20 de largura. O Nilo era, então, muito mais largo do que é hoje e corria através de uma vasta planície. Ao longo do tempo, a largura do rio foi diminuindo e seu leito ficando cada vez mais profundo. O Vale do Nilo compreendia o Alto Egito, ou Terra do Sul, e o Baixo Egito, ou Terra do Norte. O Baixo Egito ocupava a vasta planície aluvial formada pelo delta.